TODO CUIDADO É POUCO
Há uns cinco meses atrás, o prédio de minha comadre, no bairro Bacacheri – Curitiba foi roubado: invadiram um apartamento e levaram alguns pertences. Como ninguém percebeu o(s) bandido(s), dias depois novamente outro apartamento foi arrombado. Semana passada, agora no Boa Vista, outro prédio teve o mesmo destino.
Sabemos que a violência esta em todo parte mundo afora e viver em condomínios, sejam eles verticais ou horizontais, já não é mais sinônimo de total segurança. Cada vez mais ousados, os bandidos desafiam os sistemas de segurança dos conjuntos residenciais e sabem tirar proveito de qualquer falha cometida por moradores ou empregados para invadir as casas e apartamentos.
À medida que o tempo vai passando, os marginais vão se especializando em suas crueldades. Ultimamente, moradores da maior cidade brasileira, São Paulo, vêm sofrendo com uma nova modalidade de crime: a invasão de residenciais – homens armados invadem as casas e anunciam o assalto e seus moradores são mantidos como reféns. O que mais traumatiza nessa historia é a tamanha brutalidade que essas famílias sofrem fisicamente e mentalmente como coronhadas, socos e tapas no rosto. Teve um caso na semana passada em que o marginal amarrou e trancou um menino de 4 anos no armário e em seguida ficou ameaçando molestar sexualmente o menino para desespero dos pais.
Nos casos de São Paulo, pelo menos a polícia tem prendido a maioria desses bandidos, graças a Deus e, só por Ele.
A segurança em condomínios depende de todos, não é somente da responsabilidade dos porteiros ou da empresa administradora ou ainda do síndico. A maioria dos assaltos acontece devido a descuidos cometidos pelos próprios condôminos. É da incumbência de todos os moradores tomarem medidas essenciais para diminuir os riscos de assaltos. Aqui em Curitiba existem experiências bem sucedidas de bairros inteiros, que independentes de morarem em condomínios ou não, conseguiram baixar a incidência de assaltos apenas com a cooperação mútua.
Mas, em condomínios onde os moradores têm dificuldade em interagir – e isso é bastante comum, costumam ser mais vulneráveis. Ai não adianta seu condomínio dispor de uma parafernália de equipamentos sofisticados de segurança se seus moradores não tomam cuidados básicos, visando o bem-estar de todos. O grande problema é que algumas pessoas acham que estão seguras pelo simples fato de morarem em condomínio, e não se conscientizam dos perigos.
Como principais erros cometidos por condôminos: não querer se deslocar até a portaria para pegar flores, pizzas e outras encomendas, permitindo que entregadores tenham acesso às áreas comuns; não verificar se o portão social está bem fechado; não carregar o controle remoto da garagem; não esperar o portão da garagem fechar totalmente no momento da entrada ou saída; e repassar senhas de acesso ao condomínio de forma aleatória, a empregados, diaristas, visitas e amigos; ao chegar de carro ao condomínio, e perceber pessoas estranhas ao redor, dê voltas com o carro até se certificar de que as mesmas não estão mais por ali. Muitos assaltos são praticados desta forma - espera-se que um morador encoste com o carro e, antes mesmo do portão se abrir, o motorista é rendido, como já houve caso em meu condomínio ano passado onde um morador teve seu carro levado por bandido quando esperava o portão se abrir.
Boa aparência: foi-se o dia em que esse quesito dizia alguma coisa. É de extrema importância que a boa aparência de alguém não influencie nas regras básicas de segurança. Nem sempre quem está bem vestido é mais honesto que outro mal vestido. Lembre-se: “As aparências enganam ou não se julga um bom livro pela capa”.
Ainda, evitar fazer comentários sobre seus bens e ganhos na frente de funcionários, e pedir aos mesmos que não comentem seus hábitos com amigos – mesmo que sejam porteiros, diaristas, etc. da redondeza. O síndico deve ter cuidados também na hora de contratar os funcionários do edifício. Nem sempre ser amigo de um funcionário é garantia de um funcionário confiável.
O mais importante de tudo isso é que todos nós devemos ter consciência de nossas funções, sejam funcionários, moradores ou visitantes. E se o assalto acontecer, ninguém deve reagir, afinal, muitas vidas estarão em jogo e esta, NÃO TEM PREÇO.
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