ÊTA NOMEZINHO!

O filho "Brhada" Errehmuñoz, que herdou o nome de 36 letras do pai.


"Brhada", como o chamam os seus amigos, é veterinário no Estado de Coahuila, no norte do México. Ele diz que carrega seu nome de 36 letras com muito orgulho. Tanto que passou o nome para o seu filho, apenas com uma pequena variação. A mudança está no sobrenome, que foi fundido em uma palavra só: Errehmuñoz.
A família do mexicano tem um histórico de nomes estranhos. O pai de "Bhrada" chama-se José Refugio. O nome foi uma homenagem à Virgem do Refúgio, já que José foi o único sobrevivente entre cinco irmãos que morreram quando bebês.
Como José não gostava do sobrenome Refugio, passou a assinar apenas como José R. Assim surgiu o apelido "R", transformado posteriormente em "Erreh", que segundo José é também uma sigla para "esposo, refúgio, rosário, esposa, 'hijo' ('filho' em espanhol)".
'Meu nome é para sempre'
Mas José não parou aí. Ele resolveu dar ao seu filho o nome de Brhadaranyakopanishadvivekachudamani, que nada mais é do que a combinação do nome de dois textos filosóficos indianos.
José disse que não sabia qual dos nomes escolher, e acabou decidindo unir os dois.

"Bhrada" disse à BBC que o primeiro nome significa "o homem que se converte no que faz". Já o segundo nome, segundo ele, não teria nenhum significado muito preciso.
Na verdade, a primeira parte do nome (Brhadaranyakopanishad) significa "texto da floresta imensurável", e a segunda parte (vivekachudamani) significa "Jóia do discernimento".
O mexicano afirma que nunca teve grandes problemas com o nome. O maior incômodo foi a necessidade de um ofício especial, para permitir que o nome completo fosse colocado no título eleitoral e na carteira de motorista.
Muñoz conta ainda que sua família não tem nenhuma relação com a Índia ou com a religião hindu, e que ele decidiu dar o nome ao seu filho para seguir a tradição iniciada pelo pai.
O México tem um histórico de nomes estranhos. Há registros de pessoas chamadas "Zolia Vaca del Campo", "Hitler" e "Michael Jackson".
Uma mulher nascida em 22 de abril de 1914 está registrada com mais de 30 sobrenomes. María Saldivar chama-se, oficialmente, María de la Asunción Luisa Conzaga Guadalupe Refugio Luz Loreto Salud Altagracia Cármen Matilde Josefa Ignacia Francisca Solano Vicenta Ferrer Antonia Ramona Agustina Carlota Inocencia Federica Gabriela de Dolores de los Sagrados Corazones de Jesús y de María Saldivar y Saldivar.
O Registro Oficial do Estado de Coahuila começou uma campanha chamada "Meu nome é para sempre", para que as pessoas não ponham nomes estranhos em seus filhos.
No entanto, as autoridades reconhecem que muitas pessoas com nomes estranhos são felizes assim. Hegel Cortés, diretor do Registro, disse à BBC que para que as pessoas possam mudar de nome após o nascimento, elas precisam provar que existe algum problema ou discriminação.
Entre os nomes considerados "normais", os mais comuns nos nascimentos recentes na capital mexicana são Fernanda e Valeria, para meninas, e Diego e Santiago, para meninos.

Fonte: BBC

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