Cuidado Minc que a Kátia vem ai...


Esta charge publicada em Gazeta do Povo – Curitiba PR, refere-se ao Ministro do meio-ambiente Carlos Minc e a Senadora Ruralista do Tocantins Kátia Abreu.
Atualmente a situação do ministro Minc não é lá das boas depois da MPs- Medidas Provisórias - enviadas pelo Governo Federal que, para Minc e os diversos entidades ambientalistas e inúmeros manifestantes Brasil afora, incentivam a grilagem de terras na Amazônia. No dia mundial do meio ambiente, o ministro aproveitou para reiterar seu bom relacionamento com o presidente Lula e duração essa manifestação Minc afirmou que não deixará o cargo. O ato contou com esquetes teatrais ironizando a senadora e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Kátia Abreu - chamada de "Kátia Bebeu". Em um panfleto assinado por mais de 50 entidades, os manifestantes cantaram músicas que diziam "cai Kátia Abreu" e "Fora Mangabeira", em alusão ao ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger.
"Não posso comentar todas as frações do Congresso porque me comprometi com o presidente Lula que isso só será feito internamente, mas não vou deixar de falar sobre quem é nocivo ao País. A soja está sob controle, mas o pecuarista é a grande ameaça do Brasil", afirmou após dizer que não poderia cantar a música que pedia a saída de Mangabeira.
"É bom os ruralistas baixarem a bola, baixarem as ameaças e cumprirem a lei. É piada de salão dizer que é a (senadora) Kátia (Abreu) quem vai me tirar do cargo. Em conversa com ela, falei: vossa excelência quer meu pescoço, mas se vossa excelência fosse presidente da República não teríamos Bolsa Família, mas sim Bolsa Latifúndio", lembrou o ministro.
A Medida Provisória 458, aprovada pelo Senado no inicio deste mês, trata da regularização fundiária de terras da União na Amazônia Legal para os atuais invasores.
A medida provisória ficou conhecida como MP da Grilagem, segundo os representantes do Movimento em defesa da Amazônia. A regularização das terras será feita sem licitação para áreas de até um módulo fiscal - na região, um módulo equivale, em média, a 76 hectares. Para esses casos, a transferência das áreas será feita gratuitamente, o que valerá, inclusive, para o registro do imóvel em cartório.
Entre os motivos da manifestação está MPs do próprio governo federal do qual Minc faz parte, mas o ministro mostrou-se confiante na sensibilidade do presidente Lula. "Grandes empresas poderão comprar hectares da Amazônia sem precisarem ter sede lá, por meio da MP 458 aprovada. Mas estou confiante de que isso terá o veto do presidente Lula", comentou Minc.
Os manifestantes portaram machadinhas para protestar contra os cortes propostos no Código Florestal e uma "motoplanta" - espécie de motoserra gigante. Entre as medidas alvo dos manifestantes estão itens da MP-452, que suspende as licenças ambientais para a criação de estradas, além de propostas de mudança do código florestal que diminui as áreas de preservação que compõem as margens dos rios, o que, para ambientalistas, põe em risco a comunidade pesqueira e a fauna e flora da região.


Fonte: Jornal do Brasil - JB

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