Gato doméstico

História e domesticação










Uma adaptação dos gatos selvagens africanos. São menores e menos agressivos (em relação aos seres humanos). Os egípcios utilizavam-nos como caçadores de ratos e veneravam-nos como deuses. Existem várias histórias sobre os gatos.
Ao longo dos tempos, eles foram amados, temidos, odiados, de tudo o que se sabe e se especula, somente uma coisa é inegável: eles sempre despertaram fascínio sobre nós.
Não se sabe ao certo quando os gatos passaram a ser domesticados. Foram encontrados vários registros no Egito, como
pinturas, estátuas e desenhos de gatos, mas não se pode afirmar que não eram animais selvagens. O que se sabe, devido a peças encontradas em escavações, é que no Egito o gato era venerado e sagrado. Na Pérsia, quando se maltrata um gato preto, corre-se o risco de estar maltratando o espírito nascido ao mesmo tempo em que o homem, para lhe fazer companhia e, assim, de prejudicar-se a si mesmo.
A deusa
Bastet (Bast ou Fastet), deusa da fertilidade e da felicidade, benfeitora e protetora do homem, era representada como uma mulher com cabeça de gato e vários gatos estavam relacionados a ela, como seus animais.
Provavelmente, quando as pessoas começaram a se dedicar à
agricultura, os gatos vieram a fazer parte da vida delas. Por ser um caçador, ele tinha a função de acabar com os ratos, que invadiam os lugares onde eram armazenadas as comidas.
Na
Europa cristã, por muitos séculos o gato teve posição privilegiada, porém, no início da Idade Média a situação mudou.
Juntamente com as
bruxas, os gatos foram punidos e tidos como criaturas do diabo e muitas vezes eram queimados junto com as mulheres acusadas de bruxaria ou mesmo sozinhos.
Depois, devido a ser um ótimo caçador, o gato foi aceite novamente nas casas e nos
navios, para acabar com os roedores. Até hoje o gato encontra-se em ascensão, depois de ocupar o posto de caçador de ratos por muito tempo, os gatos passaram a ser utilizados como acessórios em eventos sociais pelas damas.
Nessa época o gato começou a ser modificado para exposições, começando assim a criação de raças puras ou com
pedigree. A primeira grande exposição de gatos aconteceu em 1871, em Londres, e esse interesse em expor gatos propagou-se por toda a Europa.
Como se percebe, os gatos sempre tiveram que trabalhar e provar sua utilidade, mais um motivo que faz com que eles mereçam ocupar posição de destaque em nossas vidas.

Características:

Porte, longevidade e temperamento
Os gatos geralmente pesam entre 2,5 e 7 kg; entretanto, alguns exemplares, como o
Maine Coon podem exceder os 11,3 kg. Outros chegaram a 23 kg devido à superalimentação.
Em cativeiro, os gatos vivem tipicamente entre 15 e 20 anos, mas o exemplar mais velho já registrado viveu até os 36 anos. Os gatos domésticos têm sua expectativa de vida aumentada quando não têm permissão para vagar pelas ruas, o que reduz o risco de ferimentos ocasionados por brigas e acidentes, bem como quando são
castrados, o que também reduz os risco de incidência de câncer de testículos e ovários. Gatos selvagens vivendo em ambientes urbanos têm expectativa de vida de 2 anos ou menos. Gatos selvagens mantidos em colônias tendem a viver muito mais; O Fundo Britânico de Ação para Gatos (British Cat Action Trust) relatou uma gata selvagem com cerca de 19 anos de idade. O mais velho gato selvagem foi Mark que era mantido pela associação britânica Cats Protection, alcançando os 26 anos de idade.
Há trinta e dois
músculos na orelha dos gatos que os permitem ter um tipo de audição direcional, permitindo-os mover cada orelha independentemente da outra. Assim, um gato pode mover o corpo em uma direção, enquanto move as orelhas para outro lado. A maioria dos gatos possui pavilhões auditivos orientados para cima. Diferentemente dos cães, gatos com orelhas dobradiças são extremamente raros. (Os Scottish Folds são uma das exceções devidas a mutações genéticas). Quando irritados ou assustados, os gatos ajeitam suas orelhas para trás, acompanhando os chiados e resmungos que provocam.




O método de conservação de energia dos gatos compreende dormir, acima da média da maioria dos animais, especialmente à medida em que envelhecem. A duração do período de sono varia entre 12–16 horas, sendo de 13–14 horas a média. Alguns espécimes, contudo, podem chegar a dormir 20 horas num período de 24 horas.
O temperamento varia conforme a ninhada e a socialização. Os gatos de pêlo curto tendem a ser mais magros e ativos, enquanto os gatos de pêlo longo tendem a ser mais pesados e menos ativos. Entretanto a maioria dos gatos compartilham um mesmo comportamento: são extremamente curiosos, tanto que existe um dito popular que diz "A curiosidade matou o gato".
A temperatura normal do corpo desses animais varia entre 38 e 39 °C. O animal é considerado febril quando tem a temperatura igual ou superior a 39,5 °C, e hipotérmico quando está abaixo de 37,5 °C. Comparativamente, os seres humanos têm temperatura normal em torno de 37 °C. A pulsação do coração desses pequenos mamíferos vai de 140 a 220 batidas por minuto e depende muito do estado de excitação do animal. Em repouso, a média da freqüência cardíaca fica entre 150 e 180 bpm.
Um adágio popular diz que os gatos sempre caem de pé. Geralmente o ditado corresponde à realidade, mas não é uma regra fechada. Durante a queda, o gato consegue, por instinto, girar o corpo e prepará-lo para aterrissar em pé, utilizando a cauda para dar equilíbrio e flexibilidade. Eles sempre se ajeitam do mesmo modo, conquanto haja tempo durante a queda para fazê-lo. Algumas subespécies sem cauda são exceções a essa regra, já que o gato conta com a cauda para conservar o momento angular, necessária para endireitar o corpo antes do pouso.
Gatos, assim como os cães, são digitígrados: andam diretamente sobre os dedos; os ossos de seus pés compõem a parte mais baixa da porção visível das pernas. São capazes de passos precisos, postando cada pata diretamente sobre a pegada deixada pela anterior, minimizando o ruído e as trilhas visíveis.
Sentidos
Muitos zoólogos acreditam que os gatos são os mais sensitivos dos mamíferos. Enquanto seu olfato e audição podem não ser tão aguçados quanto os dos ratos, a visão altamente apurada, audição e olfato sobre-humanos, combinados com o paladar e sensores táteis altamente desenvolvidos, fazem do gato um mestre nos sentidos. Medir os sentidos dos animais pode ser difícil, principalmente por que não existem meios explícitos de comunicação entre o objeto do teste e o examinador. Entretanto, testes indicam que a visão aguçada dos gatos é largamente superior no período noturno em comparação aos humanos, mas menos efetiva durante o dia. Os gatos, como os cães, possuem o tapetum lucidum, uma membrana posicionada dentro do globo ocular que reestimula a retina ao refletir a luz na cavidade. Enquanto esse artifício melhora a visão noturna, parece reduzir a acuidade visual na presença de luz abundante. Quando há muita luminosidade, a pupila em formato de fenda fecha-se o máximo possível, para reduzir a quantidade de luz a atingir a retina, o que também resguarda a noção de profundidade. O tapetum e outros mecanismos dão aos gatos um limiar de detecção de luminosidade 7 vezes menor que a dos humanos.
Os gatos têm, em média, campo visual estimado em 200°, contra 180° dos humanos, com sobreposição binocular mais estreita que a dos humanos. Como em muitos predadores, os olhos ficam posicionados na porção frontal da cabeça do animal, ampliando a noção de profundidade em detrimento da largura do campo de visão.
O campo de visão depende principalmente do posicionamento dos olhos, mas também pode estar relacionada com a construção dos olhos. Ao invés da
fóvea que dá aos humanos excelente visão central, os gatos têm uma faixa central marcando a intersecção binocular. Aparentemente os gatos conseguem diferenciar cores, especialmente à curta distância, mas sem sutileza apreciável, em termos humanos.
Os gatos também possuem uma terceira membrana protetora dos olhos, a membrana de
nictação (que é o ato de fechar os olhos instintivamente na presença de luz intensa). Essa membrana fecha parcialmente quando o animal está doente. Se o gato mostra freqüentemente essa terceira pálpebra, é um indicativo de doença.
O seres humanos e os gatos têm limites similares de audição em baixa freqüência (com pequena vantagem para os humanos), mas os gatos têm muita vantagem na escala de alta freqüência, onde superam até mesmo os cães. Os gatos podem ouvir até duas
oitavas acima dos humanos e meia oitava além dos cães. Quando detectam um som, as orelhas do gato imediatamente voltam-se para o ruído; as orelhas também podem girar independentemente uma da outra para precisar a fonte de ruído. Os gatos podem precisar com margem de erro de 7.5 cm a localização de uma fonte sonora a um metro de distância.
O olfato de um gato doméstico é 14 vezes mais forte que o dos humanos. Eles possuem duas vezes mais células receptoras do que os humanos, significando que eles podem sentir odores os quais um ser humano sequer registra. Além disso, eles possuem um órgão sensorial no teto da boca chamado vomeronasal, ou órgão de Jacobson. Quando o gato franze a face, baixando a mandíbula e expondo parte da língua, ele está abrindo a passagem de ar para o vomeronasal.
Os gatos geralmente têm uma dúzia de
bigodes, disposto em quatro fileiras sobre os lábios superiores, alguns nas bochechas, tufos sobre os olhos e no queixo. Os Sphynx (gatos quase sem pêlos) podem ter bigodes normais, curtos ou sequer apresentá-los.
Os bigodes auxiliam na navegação e
tato. Podem detectar pequenas variações nas correntes de ar, possibilitando ao gato descobrir obstruções sem nem mesmo vê-las. As fileiras mais elevadas dos bigodes movem-se independentemente das inferiores para medições ainda mais precisas.
Especula-se que os gatos podem preferir guiar-se pelos bigodes especializados que dilatar as
pupilas integralmente, o que reduz a habilidade de focar objetos próximos. Esses pêlos também alcançam aproximadamente a mesma largura do corpo do bicho, permitindo-o julgar se cabe em determinados espaços.
O posicionamento dos bigodes é bom indicador do
humor do felino. Apontados para frente indicam curiosidade e tranqüilidade, colados ao rosto indicam que o gato assumiu uma postura defensiva e agressiva.
Uma curiosidade sobre o paladar dos gatos é que, de acordo com a edição
norte-americana da National Geographic (de 8 de Dezembro de 2005), eles não são capazes de saborear o doce, por falta de receptores desse tipo. Alguns cientistas acreditam que isso se deve à dieta dos gatos incluir quase que exclusivamente alimentos ricos em proteínas, embora seja incerto se essa é a causa ou o resultado dessa falta de células adaptadas.
Porém, através de observação de gatos domésticos, pelo curto brasileiro, uma vez que sejam oferecidos os mais diversos tipos de alimentos para que eles possam, se não os comem, cheirar, eles demonstram que parecem gostar de doces(embora não seja saudável deixá-los comer - salvo uma petiscada - porque causam fermentação excessiva)pois realizam o ato de salivar, colocando a língua para fora.
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