DÚVIDA DO DIA-A-DIA. A confusão entre tu e você
A conjugação verbal do modo imperativo no português moderno, às vezes, incomoda quem conhece a gramática tradicional, principalmente quanto se trata do uso de tu e você.
Por exemplo: lê ou leia? Você quer saber bem o assunto, então leia este livro. Usou o tratamento você (3.ª pessoa) e o verbo ler ficou leia (3.ª pessoa do modo imperativo). Houve uniformidade de tratamento.
Ou então: Tu queres saber o assunto, então lê este livro. Usou o tratamento tu (2.ª pessoa) e o verbo ler ficou lê (2.ª pessoa do modo imperativo). Houve uniformidade de tratamento.
Você quer saber bem o assunto, então lê este livro. Usou o tratamento você (3.ª pessoa) e o verbo ler ficou lê (2.ª pessoa, tu). Não houve uniformidade de tratamento. Isso não é tolerado pela gramática tradicional.
O português moderno permite que se escolha livremente entre tratá-lo por tu ou por você. Nas gramáticas tradicionais, são duas formas igualmente corretas para tratar a segunda pessoa do discurso: 1.ª pessoa: quem fala (eu-nós)/ 2.ª pessoa: com quem se fala (tu-vós, você-vocês)/ 3.ª: de quem se fala (ele-eles, ela-elas).
Embora tu e você se refiram à segunda pessoa do discurso, tu pertence à 2.ª e você pertence à 3.ª pessoa gramatical, exigindo as formas verbais e os pronomes respectivos.
Mas o rumo evolutivo da língua aponta a supremacia absoluta do você e a retirada de cena de tu/vós. A conjugação verbal se reduzirá a quatro pessoas: eu, ele, você; nós, eles, vocês.
Para fazer um convite, uma exortação, ou dar uma ordem usa-se o imperativo, mas no português moderno misturam-se imperativo e subjuntivo.
Veja a antiga propaganda da Caixa Econômica Federal "Vem pra Caixa você também!". Vem é o tu do imperativo. Para haver uniformidade, deveria ser "Venha pra Caixa você também!"
Imperativo afirmativo: (não há 1.ª p. sing), vem tu, venha você, venhamos nós, vinde vós, venham vocês.
Daí a frase "Ou você se atualiza ou a concorrência te engole..." ser legítima no português popular e no apelo publicitário, mas afrontar a gramática tradicional.
Por exemplo: lê ou leia? Você quer saber bem o assunto, então leia este livro. Usou o tratamento você (3.ª pessoa) e o verbo ler ficou leia (3.ª pessoa do modo imperativo). Houve uniformidade de tratamento.
Ou então: Tu queres saber o assunto, então lê este livro. Usou o tratamento tu (2.ª pessoa) e o verbo ler ficou lê (2.ª pessoa do modo imperativo). Houve uniformidade de tratamento.
Você quer saber bem o assunto, então lê este livro. Usou o tratamento você (3.ª pessoa) e o verbo ler ficou lê (2.ª pessoa, tu). Não houve uniformidade de tratamento. Isso não é tolerado pela gramática tradicional.
O português moderno permite que se escolha livremente entre tratá-lo por tu ou por você. Nas gramáticas tradicionais, são duas formas igualmente corretas para tratar a segunda pessoa do discurso: 1.ª pessoa: quem fala (eu-nós)/ 2.ª pessoa: com quem se fala (tu-vós, você-vocês)/ 3.ª: de quem se fala (ele-eles, ela-elas).
Embora tu e você se refiram à segunda pessoa do discurso, tu pertence à 2.ª e você pertence à 3.ª pessoa gramatical, exigindo as formas verbais e os pronomes respectivos.
Mas o rumo evolutivo da língua aponta a supremacia absoluta do você e a retirada de cena de tu/vós. A conjugação verbal se reduzirá a quatro pessoas: eu, ele, você; nós, eles, vocês.
Para fazer um convite, uma exortação, ou dar uma ordem usa-se o imperativo, mas no português moderno misturam-se imperativo e subjuntivo.
Veja a antiga propaganda da Caixa Econômica Federal "Vem pra Caixa você também!". Vem é o tu do imperativo. Para haver uniformidade, deveria ser "Venha pra Caixa você também!"
Imperativo afirmativo: (não há 1.ª p. sing), vem tu, venha você, venhamos nós, vinde vós, venham vocês.
Daí a frase "Ou você se atualiza ou a concorrência te engole..." ser legítima no português popular e no apelo publicitário, mas afrontar a gramática tradicional.
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