Até Sempre, Oliver...
Nem sei como começar. Dizer adeus é tão difícil, muito doloroso.
Nesses 14 anos em que esteve nas nossas vidas, proporcionou incontáveis alegrias.
Um gato dócil, carinhoso, inteligente e lindo. Tá certo, às
vezes, perdia o prumo e ficava ranzinza, mas logo passava e o carinho era
inevitável.
Ainda me dói lembrar aquela tarde em que o encontrei deitado,
triste, sem ação. Vi que não ronronava como de costume quando eu chegava a
casa. Eu o abracei e pela primeira vez não vi a sua força e alegria. Logo você
Oliver, um gato forte e guerreiro que sempre caminhava ao meu lado, como muitas
vezes fizemos durante nossas rondas de inspeções, mesmo que suas pernas
estivessem fracas, seu coração sempre pulsava de felicidade ao me ver.
Depois, já na clínica onde ficou hospitalizado, como foi difícil
olhar você meu amigo, meu parceiro de anos, doente sem saber o que fazer para
aliviá-lo, para não deixá-lo sofrer ainda mais. Embora lá todos cuidassem bem
de ti, era dilacerante vê-lo sem comer, mesmo que esforçássemos para dar-lhe
comida, você não aceitava nada. Tivemos que passar sonda para alimentá-lo o que
te causava muito desconforto. E as medicações não surtiam efeitos. Tudo conspirando
contra nós.
No derradeiro dia, o mais terrível para mim, talvez não para ti
- quiçá sem a noção da morte, foi como se tivessem arrancado o meu coração do
peito. Uma dor inenarrável, inconsolável e ao mesmo tempo, inacreditável como a
verdade que não se quer aceitar.
Últimos minutos... Só você e eu e minhas memórias. Todos os dias
desde então, serão minhas doces lembranças e as percepções que você está por
ali, aqui, acolá. Vejo as fotos que temos de você e lembro-me que você Oliver,
por um “zilhões” de vezes me disponibilizou momentos de paz e amor
incondicional e foram os melhores dias que vivi, sempre companheiro Oliver.
Obrigada por me dar uma vida repleta
de felicidade.
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