HISTÓRIAS DA MINHA GENTE


As pessoas descritas abaixo deram e dão a sua contribuição para transformar socialmente, culturalmente e financeiramente a sociedade mato-grossense. Cada uma de sua maneira participou e participa da vida de sua cidade e do seu Estado.  São resumos e exemplos de vida que deram e dão sua contribuição para a transformação social desse país.
Thermosina Siqueira Lopes da Costa, carinhosamente conhecida como Dona China, a primeira e até agora a única mulher prefeita de Chapada dos Guimarães. Nascida no Coxipó do Ouro, Distrito de Cuiabá, no dia 28 de julho de 1931. Foi vereadora por dois mandatos. Pai chapadense e mãe cuiabana. Em 1970, já casada e mãe de três filhos, foi eleita prefeita numa época em que Chapada era o maior município do mundo em extensão territorial, 204.304 m², fazia divisa com o estado do Pará.
Em sua gestão foi construída a Escola Rafael de Siqueira (pai de Thermosina) e o asfalto da rodovia Emanuel Pinheiro, que liga Cuiabá à Chapada. Trouxe a primeira cabine de telefone para a cidade. Hoje, aos 81 anos (março de 2012), ainda trabalha na prefeitura de Chapada.

A empresária, comunicadora e promotora cultural, Maria Antonieta Ríeis Coelho, que em 1969 foi à responsável pela condução da implantação e instalação da televisão em Mato Grosso, hoje TV Centro América. Foi com certeza uma das primeiras promotoras culturais do Estado, valorizou nossa cultura e descobriu talentos. Responsável pela formação dos primeiros entrevistadores e jornalistas televisivos do Mato Grosso.
Lígia Borges Figueiredo nasceu na cidade de Rosário Oeste, no Distrito de Bauxí, em 1904. Foi eleita em 1946, a primeira prefeita de Mato Grosso, de Rosário Oeste. A principal obra de sua administração foi a construção da Usina Hidrelétrica do Tombador, dentre outras. Por sua dedicação as carentes e necessitados era conhecida como a “Mãe dos Pobres”.



Já a primeira deputada do Estado de Mato Grosso, foi Oliva Enciso, que nasceu em Corumbá (hoje, Mato Grosso do Sul) em 1909. Foi eleita em 1958, pela UDN (União Democrática Nacinal).

Primeira mulher a ocupar uma cadeira numa Academia de Letras foi Ana Luísa Prado Bastos. Nasceu em 1898 em Cuiabá, assumiu a cadeira de n°27 durante seis décadas. Faleceu aos 87 anos.


Shelma Lombardi de Kato, primeira mulher na magistratura de Mato Grosso, primeira mulher desembargadora e corregedora Geral da Justiça. Em 1967, Shelma veio para o Mato Grosso e, no ano de 1969 surge o concurso para magistrado, onde foi aprovada, tornando-se a primeira magistrada do Brasil.










Líder Quilombola- Teresa Benguela, mais conhecida como Rainha Tereza do Quariterê, foi líder rainha do quilombo Quariterê durante duas décadas no século XVIII. Liderou um grupo de negros e índios instalados em Cuiabá.
A irreverente Maria Taquara, cuiabana da década de 40 e 50, com uma certa debilidade mental, que teria sido causada pela perda precoce de seu filho. Era pobre, morava num barraco, num grande terreno, situado onde hoje é o Shopping Goiabeiras. Quando todas as mulheres do país usavam saias e vestidos ela ousou desfilar de calças compridas de boca larga. Seu comportamento incomodava tanto a sociedade que foi presa sob a alegação de que não se vestia de forma adequada. Só foi solta quando uma estrangeira desembarcou em Mato Grosso, usando um modelo safári, calça e camisa.

Maria de Arruda Müller




Maria de Arruda Muller nasceu em Cuiabá, a 9 de dezembro de 1898, e teve uma vida dedicada as ações culturais, educacionais, filantrópicas e sociais de sua região. Concluiu seus estudos em 1915 pela Escola Normal “Pedro Celestino”, e posteriormente passou a exercer o magistério. Fundou o Abrigo dos Velhos e das Crianças em Cuiabá, foi fundadora também da Legião Brasileira de Assistência em Mato Grosso. Foi uma das fundadoras do Grêmio Literário “Júlia Lopes” e da Federação Mato-grossense pelo Progresso Feminino; e membro honorário do Instituto Histórico e Geográfico de Mato grosso. Por sua atuação cultural, recebeu títulos de países estrangeiros. A acadêmica colaborou com inúmeros jornais e revistas da época, entre eles: O POVO e A VIOLETA.



MARIA BENEDITA DESCHAMPS RODRIGUES
(DUNGA RODRIGUES)


Nasceu em Cuiabá no dia 15 de julho de 1908. Diplomada em piano e harmonia pelos Conservatórios de Mato Grosso e Brasileiro de Música do Rio de Janeiro, obtendo o registro no Instituto Villa-Lobos. Diplomada em contabilidade, fez 





inúmeros cursos de extensão, desde história da arte até sociologia educacional. Lecionou piano no Conservatório Mato-grossense de Música e no Conservatório Musical de Mato Grosso. Criou e lecionou no Conservatório Dunga Rodrigues. Aposentada como agente didático da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

PADRE RAIMUNDO C.POMBO MOREIRA DA CRUZ
Foto: Demóstenes Milhomen










Nasceu em Cuiabá, a oito de dezembro de 1913. Optou pela carreira eclesiástica, tendo se engajado na ordem Salesiana. Foi professor em diversas áreas, além de mestre, dedicou-se às artes literárias e teatrais. Padre Raimundo faleceu no dia 30 de julho de 1996, em Cuiabá.

BARÃO DE MELGAÇO
Gravura de Augusto Leverger, feita por Bartolomé Bossi (1865).






Augusto João Manuel Leverger, o futuro Barão de Melgaço, nasceu em 30 de janeiro de 1802, em Saint Malo, na Bretanha, terra de navegadores. Assim como seu pai Mathurin Leverger, João Manuel foi um homem do mar. Em 1819, atravessou o Atlântico, acompanhado do pai, rumo à América do Sul. No caminho, o navio naufragou, na embocadura do Prata. Ambos se salvaram, João Manuel ficou em Montevidéu, enquanto seu pai seguiu para Buenos Aires. João começou a velejar pelos mares do sul sendo que, em 1822, no início da luta pela independência do Brasil. João pediu dispensa de seu posto, pois não queria lutar contra o Brasil, e se mudou para Buenos Aires. Em 1824 ele se incorporou a Marinha Brasileira, no posto de 2oTenente. Ele enfrentou várias batalhas, sempre com muito sucesso, subindo de posição. Ele se aposentou e foi morar numa chácara no Coxipó (Cuiabá). Mas, com a ocupação paraguaia, Cuiabá tinha receio de uma invasão. Com isso, Leverger deixa o retiro no Coxipó, apresenta-se ao Presidente da Província e assume como Comandante da Guarda Nacional em Melgaço. Com sucesso Leverger, aos 63 anos, recebeu as honras de Barão de Melgaço.

ANTÔNIO CORRÊA DA COSTA





Descendente de uma família de políticos mato-grossense se formou em engenharia pela Escola Central de Engenharia, hoje Politécnica do Rio de Janeiro. De volta à Cuiabá, foi professor de matemática, foi fundador e dirigiu o Externato Mato-grossense. Governou o Estado de Mato Grosso, num momento delicado, pois eram os primeiros anos após a vigência do regime republicano. Ele foi o segundo presidente constitucional de Mato Grosso. Seu governo foi marcado por importantes intervenções.

ISAAC PÓVOAS
Nasceu em Cuiabá, a quatro de janeiro de 1886, faleceu em outubro de 1970. Bacharel em Ciências e Letras foi professor e diretor de várias instituições. Dirigiu a Tipografia Oficial, foi chefe de polícia, seguindo-se na de secretário do Interior, Justiça e Finanças. Foi prefeito de Cuiabá. Político, jornalista e poeta. Foi um dos poucos escritores mato-grossenses que estudou nosso folclore.

JOAQUIM DUARTE MURTINHO





Nascido em Cuiabá, em sete de dezembro de 1848. Concluiu o curso secundário no Rio de Janeiro. Cursou a Escola Central que se destinava a matemática, ciências físicas e naturais e disciplinas de engenharia civil. Mas, acaba estudando medicina, onde se formou em 1873, defendendo a tese sobre o estudo patológico, em que sustentava os fundamentos da homeopatia. O médico ia progressivamente assumindo o lugar de engenheiro. O seu lado científico teve destaque internacional, dando-lhe a posição de Homem de Estado. Em 1889, dá-se o advento da república e Joaquim Murtinho é o político de alta projeção, participando como senador por Mato Grosso da primeira Constituinte Republicana, que resultou na Constituição de 24 de fevereiro de 1891, substituindo a do Império de 1824.

Fonte: Prefeitura Municipal de Chapada dos Guimarães MT

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