Feliz Deserto - AL
A cidade das dunas móveis
Fato real transformado em lenda e conservado pelo povo de geração a geração: sobreviventes de um naufrágio conseguiram chegar a uma praia deserta e encontraram à sombra de um cajueiro uma imagem de Nossa Senhora Mãe dos Homens. Felizes por terem sobrevivido e encontrado a imagem, decidiram ficar no lugar, dando início à povoação.
HISTÓRIA - Antes de sua ocupação pelos primeiros colonizadores, era área dos índios caetés, que escolhiam bem a localização de suas aldeias. Áreas onde tinham boa caça e também peixe e mariscos com abundância, principalmente o maçunim. Penetravam na mata e buscavam na praia a sua alimentação. Além dos caetés, havia também índios das nações Prakios e Tupinambás. Os índios foram dizimados e expulsos para o sertão. Em 1645, após as invasões holandesas, passava pelo litoral uma embarcação portuguesa, capitaneada por Domingos Mendes. A região que vai do Vasa Barris ao São Francisco era famosa pelo perigo que causava às embarcações. Houve um naufrágio nas imediações da Praia das Flexeiras, salvando-se alguns de seus passageiros, dentre os quais o próprio Domingos Mendes e sua mulher Maria Mendes, que decidiram ficar no local, formando o primeiro núcleo populacional da região. Mendes teria também erguido a ermida de Nossa Senhora Mãe dos Homens. Há versão, não comprovada, de que o pioneiro era holandês ou mercenário espanhol, a serviço dos Países Baixos.
Aos índios e portugueses juntaram-se os negros para trabalhar na condição de escravos nos engenhos da região, os quais, embora de influência reduzida frente aos currais de gado, principal esteio da economia sanfranciscana no período colonial, tiveram sua importância. O historiador João Lemos menciona em suas obras a presença dos sertanejos, que, tangidos pelas secas inclementes, contribuíram para a formação do homem da região e de sua miscigenação. Vieram, a seguir, atraídas pelas boas novas da terra, as famílias Possidônio, Felix, Pacife, Cabrito, Coelho, Lessa, Ferreira e outras, as primeiras do lugar que ia progredindo até chegar à condição de município independente em 23 de julho de 1960. Muitas etapas foram vencidas até a separação de Piaçabuçu, a quem pertencia o povoado. Desde 1945 havia um forte sentimento de independência entre seus habitantes.
Outra hipótese citada pelo mesmo historiador João Lemos que explicaria o povoamento de Feliz Deserto é a de que o lugar ficava na chamada “Rota do Camarão e do Sal”, que começava em Alagoas do Sul e terminava em Penedo, constando nos mapas geográficos e militares da época colonial. Homens das tropas em conflito iam ficando pelo caminho, em lugares desertos, para abrigar-se dos inimigos e cuidar dos ferimentos, dando origem a pequenas povoações, como Feliz Deserto. Era lugar ideal para servir de esconderijo para negros fugidos da escravidão e índios perseguidos pelos colonizadores, o que explica o surgimento de alguns mocambos e palhoças reunidos como aldeias mirins. Tomás Espíndola registra que em meados do século XIX havia mais de 100 fogos na povoação.
LOCALIZAÇÃO: Feliz Deserto, localizado no litoral Sul de Alagoas, a 116 km da Capital Maceió, faz divisa ao sul com Piaçabuçu a 23 km, ao norte com Coruripe 25 Km e ao oeste com Penedo à 48 Km, possui um extenso cordão litorâneo formado por 11Km de praias expostas de águas cristalinas e mornas, situado à 05 (cinco) metros acima do nível do mar, dispõe de uma área de 147 Km2, seu clima é temperado, com temperatura máxima de 32ºc e mínima de 25ºc, retém em seus domínios os povoados Pontes e Flexeiras.
O município apresenta em seu espaço físico e geográfico quase todos os elementos físicos da natureza, tais como: restinga, planícies, planaltos, vales, dunas, rios, riachos e lagos. Sem contar com uma das mais belas paisagens do nosso estado, a da várzea da Marituba (o pantanal alagoano), ecossistema de grande importância para a sobrevivência da fauna e flora da região.
Praia do Massunim, principal atração turística do local, com suas águas esverdeadas, mar calmo e sol praticamente o ano inteiro.
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