Ricos X Pobres


O abismo entre os níveis de riqueza dos países desenvolvidos e em desenvolvimento está um pouco menor. A distância, que era de 20 para 1 em 1990, caiu para uma proporção de 16 para 1 em 2006. A conclusão está no relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) sobre os efeitos da globalização no desenvolvimento.
Na análise do organismo internacional, que integra a ONU, a diferença entre ricos e pobres diminuiu devido ao rápido crescimento econômico registrado a partir de 2002 nos países em desenvolvimento e em transição. Apenas entre 2003 e 2006, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita cresceu 3,7% na América Latina e Caribe (4,3% apenas na América do Sul), 3% na África e 6,2% na Ásia. Nas economias em transição, o aumento foi de 9,7% entre os asiáticos e de 7,3% entre os europeus. Nos países desenvolvidos, a média foi de 1,9%. Estas informações foram distribuídas por agências internacionais e pela Agência Brasil.
Embora ainda muito desequilibrada, a participação na economia mundial também mudou nas últimas décadas. Segundo a Unctad, os países desenvolvidos – que representam apenas 16% da população mundial – produziram 73% do PIB nominal de 2006. Em 1980, essa participação era de 80%.
A fatia dos países em desenvolvimento nas exportações mundiais chegou a 36% em 2006, totalizando US$ 3,7 trilhões. O comércio Sul-Sul (entre países do Hemisfério Sul), defendido pelo Brasil, triplicou entre 1995 e 2005, embora os países mais pobres continuem dependendo de exportações de produtos básicos de baixo valor agregado.
O maior volume de comércio foi registrado pelos países asiáticos, que alcançaram US$ 1,69 trilhão nas trocas entre países asiáticos e com outras regiões do Hemisfério Sul. Aí se inclui também um total de US$ 100 bilhões em trocas com países da América Latina

Fonte: Gazeta do povo

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