Os sobrenomes na historia

Alguma vez você já se perguntou de onde vem o seu sobrenome? Não quer saber de onde seus antepassados vieram e quem eram a quinhentos ou mil anos? Você conhece o brasão de sua família? Como é? Você gostaria de tê-lo na parede da sua sala?

Os sobrenomes na historia

A maioria dos sobrenomes que usamos hoje surgiu na Idade Média em quase toda Europa. Na Espanha, a maior parte dos sobrenomes surgiu na reconquista da Península que havia sido tomada pelos mouros.
Os reis davam aos guerreiros terras e títulos de nobreza e estes optavam por algum sobrenome, normalmente o nome de suas propriedades. Em outros casos, os sobrenomes estão ligados aos nomes de batismo. Assim, o filho de Gonzalo, por exemplo, passou a ser chamar González, o de Fernando a Fernández e o de Pedro a Pérez.
Os nomes suecos refletem o amor de seu povo pela natureza, como se pode ver visto nos sobrenomes como Berg (montanha) e Blom (flor).
Apesar de a origem ser relativamente recente verifica que há sobrenomes registrados há 3000 anos atrás, quando um imperador da China ordenou a adoção de nomes hereditários.
Noutras culturas, a adoção de sobrenomes teve lugar no século XX, como aconteceu na Turquia, onde uma lei 1935 estabeleceu a adoção de nomes de família hereditários.
Os cognomes, apelidos, sobrenomes ou nomes de família já eram utilizados na Antiguidade, os romanos possuíam um sistema próprio de distinguir uma pessoa de outra pelo nome e por outros apostos a ele.
Pela historia desse povo, julga-se que este sistema tenha surgido em épocas remotas e que já fosse de uso comum logo após o inicio da expansão do poderio de Roma, os romanos possuíam um sistema pelo qual identificava no nome do indivíduo qual seu clã de origem, foi à primeira forma de se identificar um grupo familiar em especifico, porém, com a queda do Império Romano em 476 d.C. este sistema virtualmente deixou de existir, caindo em desuso.
Na idade média (476-1453) passou, pois, a vigorar tão somente o nome de batismo para designar, distinguir e caracterizar as pessoas. Fala-se em nome de batismo porque, na época da queda do Império Romano Ocidental, a península itálica já era praticamente toda cristã. Por outro lado, os povos invasores foram cristianizados em massa no período que se segue à desagregação do Império. O cristianismo se tornou um elemento aglutinador que aproximou todos estes povos.
O estabelecimento de vários povos estrangeiros introduziu uma grande variedade de nomes e palavras que paulatinamente foram sendo latinizadas, salienta-se que os povos estrangeiros não possuíam a tradição da sobrenominização das pessoas, fato este que influiu sistematicamente no abandono de tal costume.
O aporte de grande acervo de novos nomes, trazidos pelos povos invasores, principalmente germânicos, o abandono da sistemática latina de individualizar pessoas, a influencia do cristianismo que difundia os nomes de seus mártires e santos criaram uma confusão generalizada. Os nomes se repetiam com freqüência o que tornava difícil distinguir um indivíduo de outro.
Surgiu então a necessidade de se estabelecer uma modalidade para se distinguir um cidadão do outro, para tal finalidade foram criadas algumas formulas que auxiliavam em tal distinção.

Na verdade, não foram estabelecidas normas baixadas pôr autoridades, mas sim o surgimento de um modo espontâneo na pena do escrivão, no convívio social e na linguagem popular que inventava formas para distinguir os dez ou vinte Johannes (João) que viviam na mesma comunidade.
Os primeiros registros do uso de sobrenomes familiares como hoje os conhecemos foram encontrados por volta do século VIII, ou seja, após o ano 701 d.C.
Na Inglaterra, por exemplo, só passaram a ser usados depois de sua conquista pelos normandos, no ano de 1066. Foi só no inicio do renascimento que os cognomes voltaram a ter aceitação geral.
No ano de 1563, o Concílio de Trento concretizou a adoção de sobrenomes, ao estabelecer nas igrejas os registros batismais, que exigiam, além do nome de batismo, que teria de ser um nome cristão, de santo ou santa, um sobrenome, ou nome de família.
A maior parte dos sobrenomes que circulam no Brasil é de origem portuguesa e chegou aqui com os colonizadores. Alguns tinham origem geográfica, ou seja, no local em que a pessoa nasceu ou em que morava. Desta forma, Guilherme, nascido ou vindo da cidade portuguesa de Coimbra, passou a ser, como seus parentes, Guilherme Coimbra. Assim, também Varela, Aragão, Cardoso, Araújo, Abreu, Lisboa, Barcelos, Faro, Guimarães, Braga, Valadares, Barbosa e Lamas eram nomes de cidades ou regiões que identificavam os que lá nasceram, passando a funcionar, com o tempo, como sobrenomes.
Alguns desses sobrenomes, aliás, não se referem às localidades, mas a simples propriedades rurais onde um determinado tipo de plantação era privilegiado. Por exemplo, os moradores de numa quinta em que se cultivavam oliveiras passaram a ser conhecidos como Oliveira, o mesmo acontecendo com Pereira, Amoreira, Macieira e tantos outros.
As alcunhas, ou apelidos davam origem aos sobrenomes:
Outras origens de sobrenomes foram às alcunhas, ou apelidos, atribuídos a uma pessoa para identificá-la e que depois se incorporava o seu nome como se dele fizesse parte. É ocaso de Louro, Moreno, Guerreiro, Bravo, Pequeno, Calvo e Severo, por exemplo. Muitos nomes de família se originaram também de nomes de animais, fosse por traços de semelhança física ou de características de temperamento: Lobo, Carneiro, Aranha, Leão e Canário são alguns deles.

Os pais davam seus nomes aos filhos:
Vários sobrenomes de origem portuguesa/espanhola podem ser classificados como sendo um patronímico, pois tem sua origem no nome próprio do fundador deste tronco familiar. Por exemplo: Nunes é uma forma alternada de Nunez, o qual é o patronímico do nome Nuno.
Situação semelhante pode-se observar em alguns sobrenomes ingleses quando estes terminam em "son", esta palavra significa "filho". Assim um nome como John Richardson significava, antigamente, simplesmente "João filho de Ricardo" ( John Richard's son ). O mesmo valendo para John Peterson, Peter Johnson, etc.
Veja abaixo uma lista com alguns sobrenomes comuns e seu correspondente paterno:
 Antunes – origem em “António”
 Alves ou Álvares - origem em “Álvaro”
 Bernardes - origem em “Bernardo”
 Diniz - origem em “Dionísio”
 Domingues - origem em “Domingos”
 Ferraz - origem em “Ferraci” (latim)
 Gonzáles - origem em “Gonzalo” (espanhol)
 Gonçalves - origem em “Gonçalo” (português)
 Guedes - origem em “Gueda”
 Hernandez - origem em “Hernan”
 Lopes - origem em “Lopo”
 Martinez - origem em “Martin” (espanhol)
 Martins - origem em “Martin” ou “Martino” (português)
 Mendes - origem em “Mendo” ou “Mem”
 Nunes - origem em “Nuno”
 Rodrigues – origem em “Rodrigo”
 Ruiz - origem em “Rui”
 Sanches - origem em “Sancho”
 Soares - origem em “Soeiro” ou “Suário”
 Teles - origem em “Telo”
 Vasquez - origem em “Vasco”

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