CURITIBA: VERÃO COM JEITO DE INVERNO
Vários fenômenos ligados às novas condições climáticas das grandes cidades tais como a poluição atmosférica, as chuvas mais intensas, as inundações, o desabamento de encostas, surgiram em função do crescimento urbano acelerado e desordenado e cada vez mais, passam a fazer parte do cotidiano da população, tornando-a vulnerável a inúmeros problemas deles decorrentes. A cidade de Curitiba vem apresentando alterações em suas condições climáticas locais. As modificações nas características atmosféricas por poluentes, o aumento da temperatura e o impacto das precipitações tem gerado inúmeros problemas, algum dos quais de saúde pública.
De acordo com o resultado dos estudos já realizados, Curitiba vem apresentando modificações significativas em suas condições climáticas locais.
Nas áreas onde se concentram edifícios, trânsito de veículos, indústrias e pessoas, as temperaturas do ar tendem a ser mais elevadas do que nas áreas verdes e de baixa densidade de edificações e pessoas. Com relação à poluição das camadas atmosféricas, os estudos mostram que o aumento expressivo da frota de veículos e as indústrias constituem-se nas principais fontes de poluentes do ar, o que repercute no aumento de doenças, principalmente do sistema respiratório, sobretudo no inverno. O impacto das precipitações tem gerado problemas para a população instalada em áreas sujeitas às inundações, notadamente no que concerne ao eixo do rio Iguaçu e os afluentes que drenam áreas urbanizadas, repercutindo no aumento do caso de leptospirose na cidade.
As características climáticas de Curitiba, como todos os lugares da superfície da terra, são condicionadas por fatores estáticos (latitude, altitude, proximidade do oceano) que são responsáveis pela quantidade de energia solar que chega à cidade, e por fatores dinâmicos (massas de ar e frentes), responsáveis pelo ritmo da sucessão habitual dos estados atmosféricos.
A interação dos fatores estáticos e dinâmicos influencia diretamente na determinação de seu tipo climático.
Dada à posição geográfica ao Sul do Trópico de Capricórnio, onde os sistemas atmosféricos intertropicais e polares travam confrontos, além de sua localização na borda oriental do Primeiro Planalto Paranaense em altitudes de 900m, Curitiba caracteriza-se por apresentar temperaturas mais elevadas nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, quando a quantidade de energia solar disponível é maior e predomina a atuação de sistemas atmosféricos intertropicais; e temperaturas mais baixas nos meses de junho, julho e agosto, quando a energia solar disponível é reduzida e predomina a atuação dos sistemas atmosféricos polares. Associado a isso, a sua situação topográfica assegura à cidade um caráter de clima mesotérmico úmido com verão quente.
As variações sazonais da temperatura que ocorrem em Curitiba resultam das trocas meridionais dos fluxos de ar que se individualizam nos centros de ação presentes na América do Sul, e quatro deles são os responsáveis pelos mecanismos de troca no Brasil Meridional: o Anticiclone Subtropical do Atlântico, o Anticiclone Migratório Polar, a Depressão do Chaco e a Zona de Convergência Intertropical.
As massas de ar responsáveis pela circulação que controla as características climáticas locais são geradas nesses centros de ação que atuam na Região Sul - as Massa de ar Tropical Atlântica (TA), Polar Atlântica (PA), Tropical Continental (Tc) e Equatorial Continental (Ec).
Durante o inverno atuam a PA e a TA, dando origem em suas descontinuidades à Frente Polar Atlântica que vem acompanhada de intensa nebulosidade e chuvas, indicando neste período do ano, a chegada da massa fria (PA) com conseqüente diminuição da temperatura, estabilidade do ar e em muitas ocasiões formação de geada. No verão, além das duas massas de ar já mencionadas, atuam também a Tc e a Ec. A primeira - quente e seca - provoca ondas de calor e tempo bom, enquanto a segunda, quente e úmida, gera chuvas convectivas (Chuvas de convecção ou chuvas de verão - são provocadas pela intensa evapotranspiração de superfícies úmidas e aquecidas, como florestas, cidades e oceanos tropicais).
O ar ascende em parcelas de ar que se resfriam de forma praticamente adiabática (sem trocar calor com o meio exterior) durante sua ascensão. Precipitação convectiva é comum no verão brasileiro. Estas chuvas também são conhecidas popularmente como pancadas de chuva, aguaceiros ou torós.
Os verões são relativamente quentes, dada a disponibilidade de energia neste período do ano, como também da atuação da TA, Ec e Tc, que alternando-se com a então enfraquecida Polar Atlântica, provoca temperaturas de até 35º C, sendo fevereiro o mês mais quente. O inverno é rigoroso, sendo comumente o mês de junho o mais frio.
Neste período do ano a disponibilidade de energia reduz-se, e passa a dominar na área a massa PA, responsável pela ocorrência de baixas temperaturas na cidade.
Com relação à precipitação, Curitiba caracteriza-se por apresentar chuvas bem distribuídas durante todos os meses do ano, embora o verão apresente maior concentração, principalmente nos meses de janeiro e fevereiro. A instabilidade adquirida na TA e seus confrontos com a PA, bem como a atuação da Ec, respondem pelos valores mais elevados de precipitação durante esse período do ano.
Já o inverno, um pouco menos chuvoso, apresenta maior estabilidade do ar, dada principalmente pela participação da Massa Polar Atlântica, tendo-se o mês de agosto como o mais seco.Segundo Mendonça (1995) e Danni-Oliveira (1999) as características climáticas de uma cidade são influenciadas pelos equipamentos que ela possui, sendo sentida notadamente no comportamento espacial da temperatura. Dessa forma, nas áreas onde concentram-se edifícios, trânsito de veículos, indústrias e pessoas, as temperaturas do ar tendem a ser mais elevadas do que nas áreas verdes e de baixa densidade de edificações e pessoas.
De acordo com o resultado dos estudos já realizados, Curitiba vem apresentando modificações significativas em suas condições climáticas locais.
Nas áreas onde se concentram edifícios, trânsito de veículos, indústrias e pessoas, as temperaturas do ar tendem a ser mais elevadas do que nas áreas verdes e de baixa densidade de edificações e pessoas. Com relação à poluição das camadas atmosféricas, os estudos mostram que o aumento expressivo da frota de veículos e as indústrias constituem-se nas principais fontes de poluentes do ar, o que repercute no aumento de doenças, principalmente do sistema respiratório, sobretudo no inverno. O impacto das precipitações tem gerado problemas para a população instalada em áreas sujeitas às inundações, notadamente no que concerne ao eixo do rio Iguaçu e os afluentes que drenam áreas urbanizadas, repercutindo no aumento do caso de leptospirose na cidade.
As características climáticas de Curitiba, como todos os lugares da superfície da terra, são condicionadas por fatores estáticos (latitude, altitude, proximidade do oceano) que são responsáveis pela quantidade de energia solar que chega à cidade, e por fatores dinâmicos (massas de ar e frentes), responsáveis pelo ritmo da sucessão habitual dos estados atmosféricos.
A interação dos fatores estáticos e dinâmicos influencia diretamente na determinação de seu tipo climático.
Dada à posição geográfica ao Sul do Trópico de Capricórnio, onde os sistemas atmosféricos intertropicais e polares travam confrontos, além de sua localização na borda oriental do Primeiro Planalto Paranaense em altitudes de 900m, Curitiba caracteriza-se por apresentar temperaturas mais elevadas nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, quando a quantidade de energia solar disponível é maior e predomina a atuação de sistemas atmosféricos intertropicais; e temperaturas mais baixas nos meses de junho, julho e agosto, quando a energia solar disponível é reduzida e predomina a atuação dos sistemas atmosféricos polares. Associado a isso, a sua situação topográfica assegura à cidade um caráter de clima mesotérmico úmido com verão quente.
As variações sazonais da temperatura que ocorrem em Curitiba resultam das trocas meridionais dos fluxos de ar que se individualizam nos centros de ação presentes na América do Sul, e quatro deles são os responsáveis pelos mecanismos de troca no Brasil Meridional: o Anticiclone Subtropical do Atlântico, o Anticiclone Migratório Polar, a Depressão do Chaco e a Zona de Convergência Intertropical.
As massas de ar responsáveis pela circulação que controla as características climáticas locais são geradas nesses centros de ação que atuam na Região Sul - as Massa de ar Tropical Atlântica (TA), Polar Atlântica (PA), Tropical Continental (Tc) e Equatorial Continental (Ec).
Durante o inverno atuam a PA e a TA, dando origem em suas descontinuidades à Frente Polar Atlântica que vem acompanhada de intensa nebulosidade e chuvas, indicando neste período do ano, a chegada da massa fria (PA) com conseqüente diminuição da temperatura, estabilidade do ar e em muitas ocasiões formação de geada. No verão, além das duas massas de ar já mencionadas, atuam também a Tc e a Ec. A primeira - quente e seca - provoca ondas de calor e tempo bom, enquanto a segunda, quente e úmida, gera chuvas convectivas (Chuvas de convecção ou chuvas de verão - são provocadas pela intensa evapotranspiração de superfícies úmidas e aquecidas, como florestas, cidades e oceanos tropicais).
O ar ascende em parcelas de ar que se resfriam de forma praticamente adiabática (sem trocar calor com o meio exterior) durante sua ascensão. Precipitação convectiva é comum no verão brasileiro. Estas chuvas também são conhecidas popularmente como pancadas de chuva, aguaceiros ou torós.
Os verões são relativamente quentes, dada a disponibilidade de energia neste período do ano, como também da atuação da TA, Ec e Tc, que alternando-se com a então enfraquecida Polar Atlântica, provoca temperaturas de até 35º C, sendo fevereiro o mês mais quente. O inverno é rigoroso, sendo comumente o mês de junho o mais frio.
Neste período do ano a disponibilidade de energia reduz-se, e passa a dominar na área a massa PA, responsável pela ocorrência de baixas temperaturas na cidade.
Com relação à precipitação, Curitiba caracteriza-se por apresentar chuvas bem distribuídas durante todos os meses do ano, embora o verão apresente maior concentração, principalmente nos meses de janeiro e fevereiro. A instabilidade adquirida na TA e seus confrontos com a PA, bem como a atuação da Ec, respondem pelos valores mais elevados de precipitação durante esse período do ano.
Já o inverno, um pouco menos chuvoso, apresenta maior estabilidade do ar, dada principalmente pela participação da Massa Polar Atlântica, tendo-se o mês de agosto como o mais seco.Segundo Mendonça (1995) e Danni-Oliveira (1999) as características climáticas de uma cidade são influenciadas pelos equipamentos que ela possui, sendo sentida notadamente no comportamento espacial da temperatura. Dessa forma, nas áreas onde concentram-se edifícios, trânsito de veículos, indústrias e pessoas, as temperaturas do ar tendem a ser mais elevadas do que nas áreas verdes e de baixa densidade de edificações e pessoas.
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