MODALIDADE DE APRENDIZAGEM

A modalidade de aprendizagem se constitui numa matriz, num molde, num esquema de operar utilizado nas várias situações de aprendizagem. Assemelha-se à modalidade sexual e à forma de relação que o indivíduo mantém com o dinheiro, também como a forma de alimentar-se. Por isso, a modalidade de aprendizagem é sempre singular e específica.
Psicopedagogia, buscando a Psicanálise como uma área de conhecimento transdisciplinar, concorda que a primeira pessoa que exerce a ensinagem, que transmite um conhecimento para alguém, é aquela que cuida do bebê e que com ele primeiro se relaciona. Esta pessoa pode ser a própria mãe ou alguém que exerça a função materna. È este primeiro vínculo que instaura o espaço transacional que irá possibilitar a ação de aprender. Essa relação intersubjetiva estabelece um vínculo que permitirá alguém aprender e ensinar. O vínculo cria uma modalidade de aprendizagem singular, onde há uma aprendizagem recíproca entre mãe e filho, estabelecendo também uma forma de ensinagem. A mãe pode aprender com o filho, daí porque se posiciona no lugar de quem pode ensiná-lo.
Portador desse conhecimento, o psicopedagogo como também o professor usarão atividades que propiciem o ensino das diferentes texturas dos objetos ou mesmo solicitarão ao aprendente falar como é o seu particular modo de perceber o mundo, para daí poderem investigar a forma de como este sujeito está construindo seu conhecimento.
Segundo PAÍN (1986), as modalidades de aprendizagem do indivíduo, por sua vez, dependem das modalidades de inteligência. O estudo dessas modalidades vem da análise realizada por Piaget acerca do movimento de acomodação e do movimento de assimilação que o sujeito realiza, para adquirir as primeiras aprendizagens assistemáticas, e que caminharão com ele até chegar às aprendizagens sistemáticas, cujos aspectos positivos e negativos dependerão da maneira como as relações vinculares permeiam esse processo. PAÍN considera que os referidos movimentos piagetianos, quando perpassados por vínculos negativos, desenvolvem uma hiper e/ou hipoacomodação, ou uma hiper e/ou hipoassimilação, que construirão, no sujeito, modalidades de inteligência patógena.
Com relação às modalidades de inteligência, achamos interessante para o leitor resumir estas modalidades, de acordo com a visão de FERNÁNDEZ (1991) e PAÍN (1986), estabelecendo as relações e conseqüências na aprendizagem:
a) hipoassimilação - modalidade: pobreza de contato com o objeto, esquemas de objeto empobrecidos. ►conseqüência: incapacidade de coordenar estes esquemas, défict lúdico e criativo, prejuízo da função antecipatória, da imaginação e a criação.
b) hiperassimilação - modalidade: precocidade na internalização dos esquemas representativos, predomínio do lúdico e da fantasia, subjetivação excessiva. ►conseqüência: não permite antecipação de transformações, desrealização do pensamento, resistência aos limites, dificuldade para resignar-se.
c) hipoacomodação - modalidade: não respeito ao ritmo, tempo da criança não obediência à necessidade de repetição de uma experiência, reduzido contato com o objeto. ► conseqüência: déficit na representação simbólica, dificuldade na internalização das imagens, problemas na aquisição da linguagem, falta de estimulação, abandono.
d) hiperacomodação -modalidade: superestimação da imitação, reduzido contato com a subjetividade, falta de iniciativa, obediência cega às normas, submissão, não dispõe de suas experiência anteriores. ►conseqüência: superestimulação da imitação, falta de iniciativa, obediência a crítica às normas, submissão.
A partir deste esquema sobre as modalidades de inteligência, o sujeito constrói sua não-aprendizagem, da seguinte forma:
1) hipoassimilação/hiperacomodação ► alunos “bonzinhos”, mas não colocam significados; imitação estereotipada. modalidade dominante na escola;
2) hiperassimilação/hipoacomodação ► problemas de aprendizagem com estrutura psicótica ou de sintoma
3) hipoassimilação/hipoacomodação ► não reproduz, não fantasia, inibição cognitiva
Outro aspecto que o psicopedagogo deverá considerar: o processo ensino-aprendizagem é sempre um caminho de via dupla. As modalidades de aprendizagem que interferem neste processo dizem respeito não exclusivamente ao aprendente, mas também ao ensinante. Isso nos leva a refletir na nossa própria modalidade de aprendizagem, uma vez que ela poderá construir uma modalidade de ensinagem geradora de modalidades de aprendizagem patógenas.

A modalidade de aprendizagem se constitui numa matriz, num molde, num esquema de operar utilizado nas várias situações de aprendizagem. Assemelha-se à modalidade sexual e à forma de relação que o indivíduo mantém com o dinheiro, também como a forma de alimentar-se. Por isso, a modalidade de aprendizagem é sempre singular e específica.
Psicopedagogia, buscando a Psicanálise como uma área de conhecimento transdisciplinar, concorda que a primeira pessoa que exerce a ensinagem, que transmite um conhecimento para alguém, é aquela que cuida do bebê e que com ele primeiro se relaciona. Esta pessoa pode ser a própria mãe ou alguém que exerça a função materna. È este primeiro vínculo que instaura o espaço transacional que irá possibilitar a ação de aprender. Essa relação intersubjetiva estabelece um vínculo que permitirá alguém aprender e ensinar. O vínculo cria uma modalidade de aprendizagem singular, onde há uma aprendizagem recíproca entre mãe e filho, estabelecendo também uma forma de ensinagem. A mãe pode aprender com o filho, daí porque se posiciona no lugar de quem pode ensiná-lo.
Portador desse conhecimento, o psicopedagogo como também o professor usarão atividades que propiciem o ensino das diferentes texturas dos objetos ou mesmo solicitarão ao aprendente falar como é o seu particular modo de perceber o mundo, para daí poderem investigar a forma de como este sujeito está construindo seu conhecimento.
Segundo PAÍN (1986), as modalidades de aprendizagem do indivíduo, por sua vez, dependem das modalidades de inteligência. O estudo dessas modalidades vem da análise realizada por Piaget acerca do movimento de acomodação e do movimento de assimilação que o sujeito realiza, para adquirir as primeiras aprendizagens assistemáticas, e que caminharão com ele até chegar às aprendizagens sistemáticas, cujos aspectos positivos e negativos dependerão da maneira como as relações vinculares permeiam esse processo. PAÍN considera que os referidos movimentos piagetianos, quando perpassados por vínculos negativos, desenvolvem uma hiper e/ou hipoacomodação, ou uma hiper e/ou hipoassimilação, que construirão, no sujeito, modalidades de inteligência patógena.
Com relação às modalidades de inteligência, achamos interessante para o leitor resumir estas modalidades, de acordo com a visão de FERNÁNDEZ (1991) e PAÍN (1986), estabelecendo as relações e conseqüências na aprendizagem:
a) hipoassimilação - modalidade: pobreza de contato com o objeto, esquemas de objeto empobrecidos. ►conseqüência: incapacidade de coordenar estes esquemas, défict lúdico e criativo, prejuízo da função antecipatória, da imaginação e a criação.
b) hiperassimilação - modalidade: precocidade na internalização dos esquemas representativos, predomínio do lúdico e da fantasia, subjetivação excessiva. ►conseqüência: não permite antecipação de transformações, desrealização do pensamento, resistência aos limites, dificuldade para resignar-se.
c) hipoacomodação - modalidade: não respeito ao ritmo, tempo da criança não obediência à necessidade de repetição de uma experiência, reduzido contato com o objeto. ► conseqüência: déficit na representação simbólica, dificuldade na internalização das imagens, problemas na aquisição da linguagem, falta de estimulação, abandono.
d) hiperacomodação -modalidade: superestimação da imitação, reduzido contato com a subjetividade, falta de iniciativa, obediência cega às normas, submissão, não dispõe de suas experiência anteriores. ►conseqüência: superestimulação da imitação, falta de iniciativa, obediência a crítica às normas, submissão.
A partir deste esquema sobre as modalidades de inteligência, o sujeito constrói sua não-aprendizagem, da seguinte forma:
1) hipoassimilação/hiperacomodação ► alunos “bonzinhos”, mas não colocam significados; imitação estereotipada. modalidade dominante na escola;
2) hiperassimilação/hipoacomodação ► problemas de aprendizagem com estrutura psicótica ou de sintoma
3) hipoassimilação/hipoacomodação ► não reproduz, não fantasia, inibição cognitiva
Outro aspecto que o psicopedagogo deverá considerar: o processo ensino-aprendizagem é sempre um caminho de via dupla. As modalidades de aprendizagem que interferem neste processo dizem respeito não exclusivamente ao aprendente, mas também ao ensinante. Isso nos leva a refletir na nossa própria modalidade de aprendizagem, uma vez que ela poderá construir uma modalidade de ensinagem geradora de modalidades de aprendizagem patógenas.

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