UNHAS DOS GATOS


Usadas para a proteção e também para brincar, as unhas dos gatos crescem bem mais do que as dos cães e exigem cuidados especiais para que a saúde deles seja garantida
Quem tem um gatinho em casa sabe como é difícil algum cômodo da casa sair ileso das unhas afiadas dos bichanos. Entre os lugares preferidos estão o sofá, as cortinas, os tapetes... Alguns felinos são mais excêntricos e não desgrudam de almofadas e cobertores.
Os médicos veterinários afirmam: seja adulto ou filhote, em casa com quintal ou em um apartamento sem lugares para brincar, os gatos sempre precisam arranhar para gastar as unhas. “Elas crescem bem mais rápido do que as dos cães. O hábito de estimular e de arranhar bastante acaba fazendo com que elas cresçam ainda mais”, explica Patrícia Addeo, médica veterinária da Clínica Vetsan.
Dependendo de como o animal se comporta e de como é sua alimentação, o crescimento delas pode ser mais ou menos acelerado. “Em um gato que não faz muitas atividades, elas podem até dobrar de tamanho a cada 30 dias”, comenta Lilia Mara de Souza, médica veterinária do Hospital Veterinário Clinivet. Se não for gasto o suficiente, o crescimento exagerado pode trazer problemas. “Pode encravar, dar infecções e dificultar na hora de andar”.
Os arranhadores servem para chamar a atenção dos gatinhos e poupar os móveis da casa. Sem eles provavelmente os animais procurarão soluções menos agradáveis para os donos. Além desses brinquedos especiais, o corte é recomendado de tempos em tempos como uma forma de precaução para impedir infecções e evitar que, ao arranhar, o animal afie-as e possa machucar os donos. Os que moram em apartamento precisam de um monitoramento maior: brinquedos à disposição e corte a cada 20 ou 30 dias.

Malcriações

Mesmo com arranhadores, alguns gatos insistem em atacar os móveis da casa. Nesse caso, existem estratégias para expulsar ou atrair os animais. Existem produtos repelentes para passar nos móveis e outros que atraem o gato para o arranhador. Sprays à base da erva do gato, uma planta que tem um cheiro atrativo, estimula o animal a procurar o brinquedo.
Outras soluções mais invasivas não são recomendadas pelos veterinários. “Existem capinhas protetoras, colocadas logo após o corte das unhas, mas que os incomodam e os deixam estressados, comenta Patrícia. Pior ainda são as cirurgias de retirada das unhas, proibidas pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária. “O gato precisa delas para se defender. Essas intervenções não valem à pena. É muito mais saudável mantê-las cortadas e dar um arranhador para ele brincar”, diz Patrícia.

Fonte : Gazeta do povo - Publicado em 04/10/2008 Juliana Vines

Comentários

Postagens mais visitadas