SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS

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Uma das mais comuns causas de distúrbio do sono é a Síndrome das Pernas Inquietas (SPI). Apesar de comum é muito pouco diagnosticada.
As pessoas com a SPI apresentam sensações desagradáveis nas pernas que se aliviam ou desaparecem quando elas se movem.
A queixa é descrita como dormência, coceira, dor ou formigamento nas pernas e esses sintomas tendem a piorar no inicio e durante a noite. Às vezes, também essa queixa ocorre durante o dia, especialmente quando o individuo está em repouso, como no cinema, assistindo a televisão ou viajando.
A prevalência da SPI no Brasil ainda não foi estudada, mas nos Estados Unidos se estima que entre 2% e 15% da população tenha os sintomas. Entretanto, os especialistas do sono acreditam que um número bem maior de pessoas sofre dessa condição sem jamais ter discutido os sintomas com seu médico.
Uma pesquisa feita anualmente revelou que, em 2005, 15% dos entrevistados haviam apresentado sintomas de SPI por mais de uma noite por semana e que as pessoas mais velhas tinham mais chances de apresentar os sintomas.
Não há teste específico para diagnosticar essa doença, mas se você suspeita de tê-la, fale para o seu medico tão logo possível. São quatro os critérios mínimos para o diagnostico da Síndrome das Pernas Inquietas:
Necessidade de mover as pernas e os braços, geralmente por sensação de desconforto, formigamento, dormência, dolorimento;
Inquietude com reação de esfregar uma perna na outra ou necessidade de caminhar;
Os sintomas pioram ou estão presentes somente em repouso e são temporariamente aliviados por movimento ou atividade;
Os sintomas pioram ao anoitecer ou na hora de dormir.
Embora não incluídas como necessárias para o diagnostico, as seguintes queixas são freqüentes:
a) Distúrbio do sono e fadiga diurna;
b) Exame neurológico normal na SPI primária;
c) Movimentos periódicos durante o sono.
Mais de 80% das pessoas com SPI também sofrem de uma condição conhecida como Movimentos Periódicos de Extremidades (PLMD). Tais movimentos das pernas ocorrem durante o sono fragmentando-o devido à microdespertares freqüentes.

Não se assuste, há tratamento para SPI. As drogas mais comumente utilizadas para o tratamento desta síndrome são os agentes dopaminérgicos, isto é, medicações que aumentam a quantidade de circulante do neurotransmissor chamado dopamina, o qual está envolvido nos circuitos motores do Sistema Nervoso Central.
A pesquisa clinica tem mostrado que estas drogas são seguras e efetivas no tratamento da SPI de moderada a severa gravidade.
Entretanto, efeitos como sonolência, tontura, náusea e sudorese podem aparecer.
Desde 1996, é descrito um fenômeno chamado “Amplificação”, onde os sintomas da SPI tornam-se mais intensos, se espalha para outras partes do corpo e aparecem mais cedo durante o dia como resultado do uso das drogas dopaminérgicas. Se isso ocorrer normalmente a medicação é substituída.

Tipos e causas da Síndrome das Pernas Inquietas –SPI
Podemos considerar dois tipos básicos:
a) A doença considerada primária, que corresponde a 40-60% dos diagnósticos, onde não há uma causa especifica, mas a história familiar está presente em cerca de 50% dos pacientes, sugerindo um problema genético;
b) A doença considerada secundaria que se origina de certos tipos de medicamentos, especialmente antidepressivos, ou alterações clínicas como deficiência de ferro, deficiência de vitamina B12 e insuficiência renal.
Também aparece com bastaste freqüência (26%) durante a gravidez, a maioria no ultimo trimestre.

Dicas para conviver com a SPI

Em primeiro lugar, não esconda seus sintomas para que seus familiares e seus amigos possam identificá-los quando acontecem;
Pratique Yoga, Pilates, Tai Chi Chuan, técnicas de alongamento e massagens preferencialmente no final do dia;
Se possível, tente adequar seus horários para dormir quando os sintomas são menos pronunciados;
No cinema, no ônibus ou no avião, escolha um assento de corredor para que você possa se mover caso seja necessário;
Ao viajar de carro, planeje fazê-lo nas horas quando os sintomas são menos graves e faça intervalos;
Procure neurologistas e médicos especialista em distúrbio do sono.

Para mais informações, consulte o saite:
WWW.sindromedaspernasinquietas.com

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