É “nóis aí”, Mano!

Noventa minutos. Noventa minutos de ansiedades prorrogados por outros tantos minutos igualmente angustiante que antecederam o momento dos pênaltis.
O jogo foi o tempo todo muito tenso, com o Corinthians no ataque e o Botafogo, como era de se esperar, catimbava é claro, afinal a responsabilidade era todo do Corinthians diante de sua torcida, mas de 62 mil, precisava fazer gols.
O primeiro tempo teve muita marcação no meio-campo e pouca bola no chão. Tivemos boas chances de abrir o placar com Diogo Rincón e Herrara, mas foi perto do intervalo que a partida cresceu em tensão. Dentinho, que já havia reclamado de pênalti, levou um tapa na cara de jogador Botafoguense antes de cobrança de falta. O árbitro deixou o nosso técnico ainda mais nervoso na seqüência, quando deixou o lance correr após uma série de infrações claras dos dois lados e para completar a tensão o juiz recebeu o aviso do quarto árbitro de que Mano colocou meio pé direito dentro de campo para reclamar. Por conta disso, já na volta para o segundo tempo, expulsou o treinador corintiano, que deixou o gramado revoltadíssimo.
Um golzinho bastava. Fizemos, e por descuido e porque não dizer desespero do nosso idolatrado Felipe, que numa saída desastrosa, sofremos o gol de empate o que nos obrigava fazer 2 gols agora para sermos um dos finalistas da competição. Ai, falou a velha garra corintiana, o time foi para frente e numa maravilhosa cobrança de falta de Chicão fez o Morumbi e certamente o Brasil corintiano explodir de alegria e assim, levamos a disputa para os pênaltis.
Nesse momento me passou um montão de recordações não muito agradáveis. Lembrei-me das disputas de pênaltis perdida por jogadores ídolos do Corinthians como Marcelino Carioca e mais recentemente Roger contra o Figueirense na mesma Copa do Brasil.
Mas dessa vez teria que ser diferente e foi. Os dois times cobrando muito bem sem chances para os goleiros. Mas a sorte estava nas mãos de nosso Felipe, nosso “São Felipe” que fez uma defensa magistral e “é nóis ai, Mano” em busca do nosso tri-campeonato (campeões em 1995 e 2002) e a vaga na Copa Libertadores 2009.
E agora que venha o Sport Recife e, esperamos que a estrela brilhe para todos os nossos jogadores.

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