Tecnologias que pegaram... ou não!
Tudo é lindo no laboratório. Mas o usuário é o juiz. Como andam as promessas tecnológicas de alguns anos atrás?
Por Barbara Axt, de Londres
Por Barbara Axt, de Londres
PAPEL ELETRÔNICO O QUE É? O papel eletrônico é parecido com o papel comum porque não emite luz como as telas de computador. Isso torna a leitura bem mais confortável. E é diferente do papel comum porque seu conteúdo pode mudar inúmeras vezes. A tecnologia começou a ser desenvolvida nos anos 70.
QUAL A NOVIDADE? Uma empresa canadense criou um papel eletrônico que funciona bem em cores, que eram um problema até então.
E AGORA? O maior obstáculo para o papel eletrônico são os custos. Hoje em dia já existem aparelhos leitores de e-books à venda, mas, apesar de usarem a tecnologia de papel eletrônico, são estruturas rígidas de plástico, como um notepad ou pda.
E custam bem caro. Telas flexíveis, mais parecidas com o papel original, ainda não estão disponíveis para o público. Quando ele chegar às lojas, aí, sim, vai ser possível ler Crime e Castigo, de Dostoiévski, no ônibus – e sem ter que carregar aquele tijolão pesado pela rua.
TV POR CELULAR O QUE É? Existem dois tipos de TV por celular: on demand, em que você baixa um programa para o seu aparelho e assiste quando quiser, e a TV ao vivo, igual à que você vê naquele caixotão da sua casa. O serviço existe comercialmente desde 2005, quando foi lançado na Coréia do Sul.
QUAL A NOVIDADE? A consultoria inglesa Juniper Research acaba de publicar um relatório afirmando que a TV por celular vai bombar na próxima década. Eles prevêem que serão nada menos que 120 milhões de pessoas em 40 países, rendendo mais de US$ 6 bilhões de lucro.
E AGORA? Hoje em dia a TV por celular tem cerca de 7,5 milhões de usuários. Só não é mais popular por causa de dificuldades técnicas: poucos aparelhos suportam TV, cada operadora usa seu próprio padrão de transmissão (que funciona somente em alguns modelos de celulares) , e as baterias se esgotam rapidamente quando o usuário vê TV.
CARRO VOADOR O QUE É? É isso mesmo, um carro que voa. Santos Dumont, há 100 anos, imaginava que um dia todo mundo ia ter um aviãozinho na garagem de casa. O canadense Paul Moller tem 70 anos, 40 dos quais passou tentando construir o Moller Skycar M400, um veículo que promete levar 4 pessoas para passear a dezenas de metros do chão a uma velocidade de 600 km/h.
QUAL A NOVIDADE? A boa notícia é que, apesar das dificuldades, um modelo de carro voador acaba de ser lançado. A má notícia é que a performance dele fica abaixo das expectativas. O M200G, lançado pelo mesmo Paul Moller, voa a 3 metros de altura e alcança 80 km/h. É um belíssimo brinquedo.
E AGORA? Apesar de todos os milhões de dolares gastos, o aparelho dos sonhos de Paul Moller ainda não saiu do papel. As dificuldades para a criação (e a popularização) do carro voador não são apenas técnicas. Os órgãos reguladores de tráfego aéreo não gostam nada da idéia de termos milhares de carrinhos voadores pelos céus. E pilotados por motoristas de fim de semana.
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