PSICOPEDAGOGIA: DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
As dificuldades da aprendizagem têm como causas e desenvolvimentos múltiplos, exigindo pesquisas em diversos campos do conhecimento. Ela pode ser tanto de origem orgânica ou intelectual/cognitiva, quanto emocional (inclui-se ai a estrutura familiar/relacional). Em muitos casos há um entrelaçamento destes fatores, responsável pela complexidade da situação.
Dificuldades de aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de desordens, manifestadas por dificuldades na aquisição e no uso da audição, da fala, da leitura, da escrita, do raciocínio ou das habilidades matemáticas. Problemas de controle de comportamento, percepção e interação social podem coexistir.
As dificuldades de aprendizado podem ocorrer em concomitância com outras condições desfavoráveis (retardo mental, séria desordem emocional, problemas sensório-motores) ou ainda, serem acentuadas por influencias externas como, por exemplo, diferenças culturais, instrução insuficiente ou inapropriada. Não sendo, necessariamente, o resultado dessas condições.
Crianças tolhidas por uma dificuldade de aprendizagem, na maior parte das vezes, têm o seu desempenho comprometido. Sabe-se que nunca há uma causa única para o fracasso escolar, mas uma conjunção de fatores que, num determinado momento, interagem, imobiliza o desenvolvimento do sujeito e do sistema familiar/escolar/social. Portanto a dificuldade de aprendizagem é como uma síndrome bio-psicossocial, calcada em algumas constituintes básicas: a criança, a família, a escola e o meio social (POLITY, 2001).
Para POLITY (1998) as dificuldades de aprendizagem dizem respeito ao sujeito aprendente, mas, se bem conduzidas, podem levar o aluno a obter êxito nos estudos.
Em entrevista publicada em 26/09/2002 disponível on-line www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo acesso 17 jun.2004, Elizabeth POLITY responde a esta pergunta: Qual a diferença de "problema de aprendizagem", "distúrbio de aprendizagem" e "dificuldade de aprendizagem?”
“Muitos autores já tentaram estabelecer a distinção entre os termos dificuldade, distúrbio e problema de aprendizagem. O que se observa é que a tentativa de encontrar uma definição padrão não pode ser considerada universal, uma vez que não é aceita por todos os profissionais da área, ficando, portanto a critério de cada um, adotar ou não essa classificação. Revistando a bibliografia, encontramos algumas definições que apontam para a origem do sintoma, ligada à aprendizagem. Assim teríamos”:
Dificuldade - origem cognitiva
Distúrbio - origem neurológica ou genética
Problema - origem emocional
Entretanto, ao se trabalhar com as "dificuldades de aprendizagem" - uso apenas esse termo, de uma maneira geral - o que se percebe, na maioria das vezes, é um entrelaçamento de fatores emocionais, cognitivos, genéticos, neurológicos, familiares, sociais que determinam a condição do sujeito, ficando muito difícil isolar uma única variável em detrimento das demais.
No meu entender, todas as definições acerca do não-aprender nos auxiliam de uma maneira valiosa no entendimento da situação. Cada qual, dentro do seu viés - alguns mais positivistas, adotando um modelo médico, outros mais psicológicos e comportamentais, enfatizando o desenvolvimento interno do sujeito, outros ainda mais abrangentes, dando espaço para as relações familiares e sociais - contribui para que se forme um quadro amplo e complexo, onde a única certeza é que todos os elementos envolvidos têm sua importância e que não podemos ter um olhar reducionista, correndo o risco de deixar de fora aspectos importantes da vida do sujeito. Penso, entretanto, que o esforço em classificar o fenômeno responde ao intuito de nos organizarmos em torno de uma nomenclatura única, porque na prática, dentro da concepção da Complexidade, é mais importante que a dificuldade/problema/distúrbio de aprendizagem seja visto como uma condição bastante abrangente, que pode apresentar um leque muito amplo de causas, e manifestar-se também de maneira muito diversa, implicando todos os fatores da vida do sujeito”.[1]
[1] Itálico de Eleuzair Cunha Neves.
Dificuldades de aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de desordens, manifestadas por dificuldades na aquisição e no uso da audição, da fala, da leitura, da escrita, do raciocínio ou das habilidades matemáticas. Problemas de controle de comportamento, percepção e interação social podem coexistir.
As dificuldades de aprendizado podem ocorrer em concomitância com outras condições desfavoráveis (retardo mental, séria desordem emocional, problemas sensório-motores) ou ainda, serem acentuadas por influencias externas como, por exemplo, diferenças culturais, instrução insuficiente ou inapropriada. Não sendo, necessariamente, o resultado dessas condições.
Crianças tolhidas por uma dificuldade de aprendizagem, na maior parte das vezes, têm o seu desempenho comprometido. Sabe-se que nunca há uma causa única para o fracasso escolar, mas uma conjunção de fatores que, num determinado momento, interagem, imobiliza o desenvolvimento do sujeito e do sistema familiar/escolar/social. Portanto a dificuldade de aprendizagem é como uma síndrome bio-psicossocial, calcada em algumas constituintes básicas: a criança, a família, a escola e o meio social (POLITY, 2001).
Para POLITY (1998) as dificuldades de aprendizagem dizem respeito ao sujeito aprendente, mas, se bem conduzidas, podem levar o aluno a obter êxito nos estudos.
Em entrevista publicada em 26/09/2002 disponível on-line www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo acesso 17 jun.2004, Elizabeth POLITY responde a esta pergunta: Qual a diferença de "problema de aprendizagem", "distúrbio de aprendizagem" e "dificuldade de aprendizagem?”
“Muitos autores já tentaram estabelecer a distinção entre os termos dificuldade, distúrbio e problema de aprendizagem. O que se observa é que a tentativa de encontrar uma definição padrão não pode ser considerada universal, uma vez que não é aceita por todos os profissionais da área, ficando, portanto a critério de cada um, adotar ou não essa classificação. Revistando a bibliografia, encontramos algumas definições que apontam para a origem do sintoma, ligada à aprendizagem. Assim teríamos”:
Dificuldade - origem cognitiva
Distúrbio - origem neurológica ou genética
Problema - origem emocional
Entretanto, ao se trabalhar com as "dificuldades de aprendizagem" - uso apenas esse termo, de uma maneira geral - o que se percebe, na maioria das vezes, é um entrelaçamento de fatores emocionais, cognitivos, genéticos, neurológicos, familiares, sociais que determinam a condição do sujeito, ficando muito difícil isolar uma única variável em detrimento das demais.
No meu entender, todas as definições acerca do não-aprender nos auxiliam de uma maneira valiosa no entendimento da situação. Cada qual, dentro do seu viés - alguns mais positivistas, adotando um modelo médico, outros mais psicológicos e comportamentais, enfatizando o desenvolvimento interno do sujeito, outros ainda mais abrangentes, dando espaço para as relações familiares e sociais - contribui para que se forme um quadro amplo e complexo, onde a única certeza é que todos os elementos envolvidos têm sua importância e que não podemos ter um olhar reducionista, correndo o risco de deixar de fora aspectos importantes da vida do sujeito. Penso, entretanto, que o esforço em classificar o fenômeno responde ao intuito de nos organizarmos em torno de uma nomenclatura única, porque na prática, dentro da concepção da Complexidade, é mais importante que a dificuldade/problema/distúrbio de aprendizagem seja visto como uma condição bastante abrangente, que pode apresentar um leque muito amplo de causas, e manifestar-se também de maneira muito diversa, implicando todos os fatores da vida do sujeito”.[1]
[1] Itálico de Eleuzair Cunha Neves.
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